quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sagaz


São 01:24 da manhã, dia 27-09, escutando Lennon, neste momento lembro-me de um amigo que fala sobre a beleza da boemia noite, noite a qual me identifico neste dia, mesmo sendo durante o dia, que a vida acontece (tenho que esta no trabalho 8:00...pqp).
Acabo de assistir o filme 2019, não recomendo! Agora estou aqui sem conseguir dormir, lembrando de vampiros, ninguém merece!
Mas tudo tem um lado bom, vampiros me lembram uma música (como tudo, sempre me lembro de uma música). Raul, Vampiro doidão... heheh.. Música que me faz lembrar meu amigo novamente.
Amizade é uma coisa Sagaz. Principalmente hoje em dia (raridade), paro e olho em volta, como as pessoas se tornaram... Ninguém se aproxima mais de alguém pelo simples fato de conhecer a pessoa e ter uma amizade, cumplicidade, sempre existe algo mais ou de menos, algum interesse (Como diz meu amigo Maquiavel, toda relação é  uma relação de interresse).
Se não é isso fingem ser algo que não são, ponderam demais ou omitem, sentem vergonha, o que se passa? Penso que sendo você mesmo, você verdadeiramente conquista as pessoas e também não as magoa, por não esperarem de você algo que sabem que você não é capaz. (o ruim é que sempre se é magoado).
Amigos não são aqueles que só estão presentes nos momentos de glória, mas também nos dias de luta e desabafo. Os outros são outros e só.
Desabafar, conversar, existe algo melhor?
Não sei os outros, mas o que me faz feliz são as coisas mais simples.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Deus, um cara gozador

Ao longo da história da humanidade a idéia ou compreensão de Deus assumiu várias concepções em todas as sociedades e grupos já existentes, desde as primitivas formas pré-clássicas das crenças provenientes das tribos da Antiguidade até os dogmas das modernas religiões da civilização atual. 

Na data 24-09 participei de uma conversa com senhoras fervorosamente iludidas pela crença do catolicismo, eu como cética, preferi ficar calada (tomando minha dose de uísque para não me alterar com certas barbáries) e tentei fazer uma análise do frágil ser humano que somos nós.  

Se agarrar a algo tão vazio se falando do ponto presencial parece até loucura a primeira vista, na minha opinião leiga é mais fácil acreditar no que não se ver, do que ver o que está na nossa frente, é simples estarmos vivos, sem motivos, nem objetivos, estamos vivos e é só. Até o momento de se acreditar para suprir o vazio dentro de nós é até compreensível, mas a influência é muito grande.

É engraçado crer que tem gente que acha que a pobreza, desigualdade e outras coisas ruins e pessoais que acontecem com cada um de nós é a resposta de Deus a nossos pecados. Tornando assim todo o aparato histórico em nada, em insignificância. Pois é fato que tudo é resultado de nossas atitudes, cruel é ver essa realidade, mas...

Lembrando também toda a história suja e ridícula da igreja católica, (a qual pertencem as relativas senhoras) história esta escancarada em vários livros, mais que provada,  instituto criado por relações de poder.
Escrever sobre isso me fez lembrar uma música de Chico Buarque: 

Deus é um cara gozador
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado
Me botar cabreiro
Na barriga da miséria
Eu nasci brasileiro
(...)
Diz que deu
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, oh nega
E se Deus não dar
Como é que vai ficar, oh, nega?
"à Deus dará" , "à Deus dará"

 Discutir sobre esse assunto é banal, sem fim.
A meu ver cabe apenas o respeito entre as pessoas, ninguém é mais ou menos, por acreditar ou desacreditar, (viu pessoas!!)... 
Tem que ser muito forte para viver sem crença. (mais fácil tê-la.)